domingo, 23 de agosto de 2015

Newsletter 33 - Napoleão na Madeira

NAPOLEÃO NA MADEIRA 
Memória de um dia de agosto

Há precisamente 200 anos, na manhã do dia 23 de agosto de 1815, fundeava, na baía do Funchal, uma esquadra britânica, sob o comando do contra-almirante George Cockburn: a nau almirante “Northumberland”, as fragatas “Havanna”, “Bucephalus” e “Ceylon” e ainda seis brigues de guerra.
Escreve o Major Reis Gomes que « Já na véspera, à noite, se sentia na cidade o hálito sêco e quente que, sob o nome de «léste», o Sahára frequentemente sopra sobre a Madeira. A aurora de 23 alumiara de tons rubros um mar tempestuoso, profundamente agitado pelo adusto vento do deserto» (GOMES, O Anel do Imperador, p. 30). O povo atribuía “na sua ingenuidade” toda aquela procela “que lhe secava a bôca e lhe queimava os campos” (p. 30, 31), à presença de Napoleão que vinha a bordo da nau principal, a caminho do exílio em Santa Helena.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

outros verões ...




Numa praia em Luanda, Luz e Zé passeiam e preparam a vida em comum...a guerra é apenas um intervalo no tempo do amor....

ouvimos esta história .... mais uma história de amor!!


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

a bordo do Arriaga...



Porque Agosto cheira a férias ... e a Porto Santo ... fica aqui um relato de tempos mais recuados ... de viagens por mar... a bordo do Arriaga...




... a minha primeira viagem....


Onze horas, eu e minha mãe chegamos ao cais da Vila Baleira e fomos ao encontro do meu Pai na altura tripulante de um cargueiro chamado Arriaga, comandado pelo então Arrais Paulino, homem calejado no mar, alto e robusto pendia uma das pálpebras de um dos olhos, que me fazia lembrar os tempos antigos dos piratas, tinha sofrido em tempos idos alguma maleita que lhe deixava o olho entre aberto quando olhava para nós.

Meu pai, aproximou-se e disse-nos “…vamos para bordo, que hoje sairemos mais cedo, as uvas, a cal e a água já estão a bordo…” assim o fizemos.

A bordo o meu pai esmerava-se em nos explicar como haveríamos de passar a viagem na câmara do barco (compartimento localizado no convés da embarcação de formato rectangular paralelo as bordas do barco e com uma altura útil que não permitia as pessoas adultas andar de pé) era ali que iríamos passar as quatro horas de viagem até a ilha da madeira....

Eu fiz a viagem a explorar o barco, ora na câmara ora perto do posto de comando que era na altura um leme comandado manualmente para bombordo e estibordo com um ferro em feitio de foice que lhe davam o nome de “cana de leme.


Trindade Melim