Universidade Sénior
do Funchal
Lançámos o repto: e se se escrevesse a história de vida? No
início, um pouco a medo, depois, com a vontade que as memórias vão trazendo,
fomos falando do tempo e do que ele mudou; fomos escrevendo histórias, atrás de
um guião que não era mais do que isso: um caminho.
Por entre escritas do eu e do mundo, ora alegres, ora
tristes, fomos recebendo capítulos soltos de histórias da Ilha que, num
determinado ponto da linha dos anos, tocou a história de alguém:
Partilhamos, hoje, este excerto que Maria da Graça Fráguas
escreveu no dia 5 de dezembro de 2013, no CEHA:
Entre casas e lembranças, fala de CINEMA. Há 60 anos, era
assim:
“ (...) O meu pai filmava tudo,
Os filmes, rolos de 8mm eram enviados para a Alemanha a fim de serem revelados.
Quando chegava, havia festa em casa. No quintal era colocado um lençol branco,
cadeiras alinhadas: as mulheres sentadas e os homens em pé, para darmos início
à sessão de cinema. Passavamos a tarde a rir e a comentar os filmes da nossa
vida, terminando com filmes mudos do Charlot”.
Nesses filmes de casa estão certamente quotidianos, festas,
passeios, paisagens... A ilha ficou lá, plasmada, gravada no para sempre das
fitas... A saudade também.
Pela partilha, D. Maria da Graça, muito obrigada!
Sem comentários:
Enviar um comentário