quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

uma carta do Brasil


13 de Novembro 1985

Amiga Dona ...

Desejo que esta minha carta os vá encontrar de saúde assim como o seu marido e filho.

Nós felizmente vamos indo sofríveis. Dona ... como vê mesmo longe a gente se lembra de si e mais uma vez para lhe pedir um favor, a minha mãe está a acabar os comprimidos da tensão alta e os calmantes e por isso a gente gostaria que a Dona ... fize-se o favor de comprar e enviar pelo correio para fazer o volume mais pequeno talvez fosse melhor por tudo dentro de uma. Isto é uma ideia a  Dona ... depois vê qual a melhor maneira. Era bom também por algodão que eles no correio abanão o pacote e se faz barulho eles não deixam vir. Assim que a minha mãe chegou a gente levamos ao doutor este que ela foi aqui aconselhou para minha mãe deixar os calmantes, mas como sabe a minha mãe estava tomando três por dia e talvez ainda vá deixar de tomar, agora os outros da tensão ela tem de tomar.  Do primeiro doutor não gostamos muito vai-se levar a outro, entretanto os remédios estão a acabar se fosse da sua vontade fazianos este grande favor. Vai aqui 1.500$00 para os remédios e  5.  doláres para o seu filho que eu lhe mande isto é uma pequena lembrança mas já a umas semanas que não trabalho a semana inteira há falta de trabalho. Vai se esperando até que melhor não há outro remédio.  

E por hoje é tudo receba um grande abraço para si e beijinho para o seu filho e cumprimentos ao seu marido.

                                                                                                                                             (assinatura)

 

O Brasil está longe. É do outro lado do mar. Um outro lado que fica não sabe bem onde. Longe é suficientemente distante para aumentar as saudades que se sentem dos que ficam para trás… e há sempre tantos motivos para nos lembrarmos dos amigos … nem que seja para dar notícias e pedir um favor… porque só os amigos nos estendem a mão… perto ou longe… só os amigos!!!!

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